Thursday, March 29, 2007
Santoro "morre" em Lost
Sunday, March 25, 2007
Será que os "tratamentos" contra homossexualidade funcionam
Saturday, March 10, 2007
Engrossando o pescoço
Lost – Mensagem subliminar
Veja cena como foi ao ar aqui:
Veja cena ao contrário aqui (cuidado, crianças pequenas se assustam):
Gisele ensina português para Conan O'Brien
Assistindo a um dos meus programas de entrevistas favoritos, do genial e engraçadíssimo Conan O’Brien que passou na quinta-feira passada (na verdade era uma reprise de 2006), vi uma entrevista muito legal com a Gisele Bündchen, que é muito fluente em inglês, embora com um charmoso sotaque brasileiro. Eu coloquei para vocês o trecho em que ela ensina português para o Conan. Ele escolheu uma frase de duplo sentido, que complica qualquer tradução, mas a Gisele até que conseguiu um bom equivalente. Eu sinceramente não sei se conseguiria uma frase melhor, assim na bucha. A pergunta: I must have you. A tradução que ela escolheu vocês vão ver no vídeo. É muito engraçado ver o esforço do Conan para falar a palavra “ter”. A Gisele é uma simpatia em qualquer língua.
300 - Rodrigo Santoro como Ney Matogrosso
Hoje assisti ao filme 300, baseado na graphic novel de Frank Miller, o mesmo de Sin City e Batman (a graphic novel). O Santoro estava no elenco como o poderoso rei persa Xerxes (pronunciado em inglês Zérzes), fantasiado como Ney Matogrosso e com a voz grossa do Cauby Peixoto. Não quero estragar nada do filme, vou só citar alguns fatos históricos, da batalha de Termópilas (portões de fogo em português) que aconteceu em 480 AC, citados por Heródoto, o pai da História.
Os Espartanos eram conhecidos como os grandes guerreiros. Eram preparados desde criança para serem soldados. As mulheres também tinham uma forte preparação física para gerar filhos saudáveis e eram consideradas as mais lindas de toda a Antigüidade. A perfeição física era tão importante, que crianças defeituosas eram mortas logo após o nascimento. As mulheres eram tão valentes que se juntavam em grupos para encher de porrada os solteiros (procriação era uma das prioridades dos espartanos). Também é famosa a frase que diziam para os filhos e maridos que iam para a guerra e que é repetida no filme: “volte com seu escudo ou sobre ele”, isto é, ou volte vitorioso ou morto, nem pense em se render.
O Grande Império Persa era separado da Grécia pelo mar Egeu. Xerxes, o rei persa, lançou uma ofensiva e logo tomou algumas cidades gregas. Ele mandou mensageiros para várias cidades pedindo rendição, na verdade usando de uma metáfora, “queremos apenas um pouco de água e terra para mostrar a submissão”. Muitas cidades se renderam de cara. Atenas e Esparta mataram os mensageiros. Os espartanos os jogaram num poço dizendo: vão pegar a terra e água vocês mesmos. Atenas e Esparta fizeram uma aliança e mandaram 7.000 homens sob o comando do rei espartano Leônidas que tinha um exército pessoal de 300 homens. O número de homens no exército de Xerxes estava na casa das centenas de milhares (de acordo com Heródoto, um cara meio exagerado). Xerxes mandou um grupo de reconhecimento dizendo para eles entregarem as armas e serem poupados, que o exército persa era tão numeroso que as flechas cobririam o sol. Um engraçadinho espartano foi longo dizendo: ótimo, lutaremos à sombra. A resposta de Leônidas foi: se querem as armas que venham buscar. O Xerxes foi (na verdade mandou buscar, como todo bom senhor da guerra).
A estratégia de Leônidas foi genial. Manteve o exército no desfiladeiro estreito de Termópilas, que não permitia a passagem de muitos soldados por vez, o que aniquilava a vantagem persa, que também não tinha um exército tão preparado e disciplinado como o grego. O exército persa era formado por escravos e mercenários de várias nacionalidades, mal comandados, mal treinados e ainda por cima com uma vestimenta pesada que atrapalhava a mobilidade. Durante quatro dias, o exército persa foi praticamente extinto. Um traidor grego falou para Xerxes de uma passagem que permitia cercar os gregos. Leônidas soube da traição e mandou o exército de volta, enquanto ele e os 300 do exército pessoal lutaram até a morte. Xerxes ficou impressionado com a garra de Leônidas, mas mesmo assim decapitou-o (depois de morto) e crucificou seu corpo sem cabeça para dar uma lição aos gregos. Esta lição gerou mais ódio e pouco depois o exército grego expulsou os persas de vez de tal maneira que eles nunca mais se meteram com eles. No filme o exército iniciou com os 300 (daí o nome) e depois é que recebeu reforço.
De qualquer maneira o filme é muito interessante, os cenários são surrealistas, bem fieis aos quadrinhos. O Santoro faz muito bem o rei persa, tem um papel importante e várias falas, mas parece o Ney Matogrosso. Aconselho a todos meus amigos Nerds e não Nerds.
Página original do quadrinho de Frank Miller de onde saiu a roupa de Ney Matogrosso do Xerxes: