Saturday, March 18, 2006

Grêmio Unidos de Pflugerville


Pflugerville (lê-se Flúguervil) é uma cidade pequena e próspera, próxima a Austin, TX e a apenas quinze milhas do Rio Colorado. A cidade, bem como a região próxima, deve muito de sua prosperidade a estar próxima do quartel-general da fabricante de computadores Dell e também da proximidade com a Universidade do Texas, campus central, conhecido como Longhorn. A cidade foi fundada oficialmente por William Bohls em 1860, quando este teimou em montar um armazém e uma loja de correios na sua casa. Bohls deu à cidade o nome do pioneiro, um alemão fugido da guerra prussiana, Henry Pfluger, que chegara àquelas bandas em 1849.

Se não fosse pelo Yuri, que era funcionário da Dell e tem uma casa em Pflugerville, nem você nem eu saberiamos da existência da cidade. Yuri foi contratado pela Microsoft, em Las Colinas, no dia primeiro de fevereiro. Acabou se mudando para Irving, TX (próximo de Dallas) e está morando na casa de amigos. Como o ano escolar aqui termina em junho, a mulher e filha ficaram por lá. Todo fim-de-semana o Yuri faz um trajeto de três horas e meia para chegar em Pflugerville e matar a saudade da família. Embora nós tenhamos nascido e morado na mesma cidade no Brasil, só conheci o Yuri (e vice-versa), graças a intervenção de outro amigo em comum, que mora na Califórnia e é funcionário Microsoft há mais tempo. Eu visitei o Yuri e a família pela primeira vez na casa dos tais amigos, quando a sua esposa, Alé, foi visitá-lo. Elza é uma artista carioca apaixonada pela vida, por carnaval e pelo marido, Ron, mas não necessariamente nesta ordem. Nesta visita, concordamos em passar o fim-de-semana do carnaval em Pflugerville. Lembro que carnaval não é feriado em canto algum, exceto no Brasil (Veneza e New Orleans não contam).

Nunca me senti mais no Brasil desde que mudei para cá do que neste fim-de-semana. Até TV por assinatura com a Globo e a Record eles tinham e minha esposa assistiu a um capítulo de Belíssima. O bom é que ela disse que estava curada de novela e não via mais necessidade de assistir. Um outro amigo brasileiro do Yuri, o Daniel, foi o anfitrião. No final das contas, a inventiva Elza preparou uma faixa do Grêmio Unidos de Pflugerville e preparou fantasias para todos. Foi divertido, teve gente que levou bem a sério e se fantasiou mesmo (como a palhaça e o xeque árabe da foto acima). Ano que vem tem mais. Abaixo a nossa família:

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